quinta-feira, 10 de abril de 2014

Por quê?


É impossível falar sobre as “aventuras” e experiências de nós mulheres do século XXI, solteiras e com quase trinta, sem o famoso “por quê?”. Faz parte talvez de 90% do assunto nos encontros femininos. Entre um vinho e um cigarro, ele esta lá. Quando estamos juntas uma série de rituais acontecem, dentre eles, a análise e comparação de experiências vividas ou não com os enigmáticos seres imprevisíveis denominados HOMENS.

Vivemos altos e baixos em minutos. Passamos horas pensando, analisando e tentando, principalmente, entender o “porquê” de tanta coisa sem explicação nesse bendito mundo –bizarro- masculino. Mas isso, claro, não é um privilegio de nós solteiras não. Não é porque estando numa relação estável que, provavelmente,  essas dúvidas não teriam seu lugar (em alguns casos dobram). Elas estão lá. Já vivi e conheço mulheres que vivem essas perturbadoras questões diariamente, afinal, o foco das intrigantes dúvidas está ali dormindo sem camisa com a bermuda do futebol e as meias de pares diferentes ao seu lado.

Ou seja, nós solteiras de quase trinta, ainda podemos depois de uma transa não satisfatória dar bom dia, um beijinho tímido de despedida (forever) e, ou como diriam algumas amigas: “Pode deixar, eu conheço o caminho da porta”, e ir correndo esquecer o episódio contando os detalhes do desastre e mais uma experiência para a amiga que, muito provavelmente, vai estar já esperando a sua ligação.

Por outro lado, quando vivemos aquela transa (mais que) satisfatória, pegamos aquele telefone já com um turbilhão de pensamentos  que, sinceramente, entra boy e sai boy da nossa vida, experiências e aniversários, somos sim adolescentes  bobas quando recebemos uma gota de esperança que aquela noite espetacular pode virar uma troca de mensagens e um possível novo encontro daqueles de dar viço a qualquer pele. Ponto para as casadas/namoradas que tem ali o aconchego daquele peito forte para descansar sem muitas encanações, naquele momento.

Enfim, cumprindo o ritual de contar os detalhes as amigas que analisarão com você o comportamento do cara e tentar acertar ou prever o porquê de cada gesto e reação, montamos um perfil psicológico, um apelido e passamos horas especulando e tentando prever atitudes seguintes.
Parecemos loucas, a princípio, e realmente ficamos as vezes, mas como não aumentar a dose de chocolate na semana em que aquele cara espetacular não te dá sinal de vida e aquele da transa nao satisfatória/preguiça de você enche sua caixa de mensagens?

Detalhe que o cara sensacional foi suuuper fofo e atencioso NAQUELA noite, tudo parecia ser sincronizado e ele estava te olhando com aquele olhar de “plenamente satisfeito”, sabe aquele? Então, por quê??? Claro que ficamos horas analisando cada detalhe desse ser até encontrar uma brecha ou até mesmo uma possível resposta, mas, óbvio, nada! As mais experientes diriam: “Ele nao quer se apegar”, as bem resolvidas: “Próximo!!” e as “eu”... “Mas por quê???”.

Existem, claro, os casos mais “graves”. Aquele onde o o Sr. Transa perfeita da sinal de vida – Yay - e fala com você super interessado, e quer te ver novamente, você, claro, acha ótimo e super topa, e fica mais idiota que de costume porque afinal você quer estar perfeita nesse segundo grande dia. Eis que surgem os primeiros “probleminhas”. Ou ele te liga no fim da noite pra você se sentir a última das últimas opções (até aí damos um desconto e respondemos, pois se trata DAQUELE cara), e ai ele simplesmente tem preguiça, repito, preguiça de ir ate você (!!!). Como se não pudesse ficar pior existem aqueles que falam com você a semana toda, até transar pela internet você se permitiu porque aquele fim de semana prometia. Corta pra você no final de semana olhando o celular e nada!

Então vem a grande questão: POR QUE, criatura, por que nos fez crer que teríamos pelo menos aquele que estaria ali quando precisarmos novamente de uma conchinha quentinha?(Porque sim queremos isso e nada mais, as vezes, será que pensam que, por nos dar essa ‘super’ prova de interesse, queremos casar?) Por que ser tão estranhamente difícil e complicar a vida?

São apenas algumas das questões que rondam nossas pobres cabecinhas que,  por mais que sejam as vezes trágicas, dão tempero e diversão aos nossos vinhos e cigarros, afinal é bem gostoso falar “mal’ desses seres bizarros por natureza, as vezes!

Um dia acho que chegaremos a uma conclusão final, enquanto isso, agradeça todos os dias a “santa Nutella” e chocolates quentes daquele lugarzinho charmoso ou até mesmo a sessão engordativa do mercado, porque, é, eles não vão parar e nós também não!

Brindemos as diferenças e maluquices da vida moderna mas não percamos a esperança que o Sr. Transa espetacular, que você vai poder chamar de SEU, está em algum lugar por esse mundo cheio de vida pra viver!

Autora: Gaby



quarta-feira, 9 de abril de 2014

Parceria


Uma parceria pode nascer de diversas situações. Do sucesso que o seu produto faz, da convivência diária com determinadas pessoas, entre outras adversidades. Mas o que permeia uma parceria é a identificação que as partes têm com o assunto em questão. Tendo isso como norte, esse blog acaba de ganhar uma parceria, ou parceira. Então você, que já lê os meus posts (provavelmente você deve ser o leitor de número 6, porque eu deduzo que minha mãe e meus irmãos gastem o tempo deles aqui), poderá desfrutar também dos textos de uma grande amiga que eu ganhei no intercâmbio: Gabriela Quagliarelli.

Em príncipio ela escreverá sobre assuntos que eu não faço ideia sobre como escrever: sentimentos. Como todo relacionamento existe a razão e a emoção, eu me qualifico razão. Aquela que mete o pé que não pensa muito. Ela é a parte mais sensível da sociedade e, diante de tantos conselhos, conversas madrugadas a dentro, pessoais ou pelo whatsapp, chegamos a conclusão que ela seria parte substancial  nesse blog.

Continuaremos aqui contando histórias sobre anônimos, ou não, mas o interessante é que entre um relato e outro você poderá apreciar algumas ideias do contidiano sentimental sob a ótica feminina. Os textos serão devidamente identificados para que você, caro leitor (sempre quis escrever isso), saiba quem é a autora do post.

Espero que gostem. Com a “contratação” dela surgiram novos projetos, mas isso com o tempo a gente coloca aqui e experimenta se funciona ou não.


Divirtam-se!!!

Uma foto nossa no melhor lugar do mundo: Paris!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Beijinho no ombro


Seus olhos verdes brilham ao falar da sua mais recente profissão que garantiu seu sustento nos últimos quatro meses e garantirá uma volta tranquila ao Brasil em Maio.

Ao som das músicas sensuais e das luzes da boate ela viu sua auto estima ser elevada. Desejada por homens de todas as nacionalidades, Bruna, seu codinome no trabalho, dança com roupas sexys levando os homens alcançarem os desejos mais lascivos sem poder tocá-la.

A arte da sensualidade é uma técnica milenar. Eva persuadiu Adão a comer o fruto proibido. Dalila usou da sua beleza para conquistar Sansão. Com Bruna não é diferente. Ela desfila pelo salão com suas mínimas roupas e seu olhar sensual provocando a curiosidade masculina. O prêmio? Convencê-los a comprarem um dança privativa. Bruna trabalha seis noites por semana em uma casa de Lap Dance, em Dublin. Por apenas 6 minutos de dança são pagos 50 euros, desse valor, 40% fica para Bruna, 60% para a casa que ela trabalha. Esse, claro, é o valor mínimo. Inebriados pela sua sensualidade, os endinherados chegam a comprar 1 hora ou mais apenas para terem sua companhia.

Os objetivos que a levaram a dançar na noite são inúmeros. Cansada dos baixos salários dos sub empregos da cidade, obejtivos de voltar para o Brasil melhor do que quando embarcou, são alguns deles. Perguntada se gosta do que faz: “Eu adooro”, ela responde.

Ser desejada eleva a auto estima de qualquer mulher. Ela se sente valorizada e segura. Escolhe com quem vai ter um encontro hoje, conhece seu tipo de homem ideal e sabe se defender muito bem. Programas? “Não, obrigada”. Já recebeu inúmeras propostas de passar a noite com os bem sucedidos da cidade. Donos de pubs, empresários, entre outros, pagariam mais de mil euros para tê-la ao lado. Para ela isso não é interessante: “Se eu sair com ele hoje ele não volta para me ver dançar e perco um ótimo cliente. O objetivo é despertar o desejo, não saciá-lo”.

Já faturou 4 mil euros em um mês e diz que isso ainda é pouco. Algumas colegas conseguem isso em duas semanas. O único prejuízo é não ter uma vida social mais ativa. Enquanto suas amigas frequentam festas e pubs as sextas e sábados, ela garante alguns meses de descanso.

Esse furacão sensual tem nome, sobrenome (que obviamente não serão revelados), 50 kilos, diploma de Publicitária, 1 belo par de seios siliconados e sonhos como qualquer jovem de 28 anos. Há quatro meses tenta dormir de dia, alterou  toda sua rotina, come menos do que antes, mas não perde o bom humor. As vezes ácida nos comentários e conselhos para as amigas, não aceitar vê-las enganadas em nome do amor.


Os planos futuros são muitos. Voltar para o Brasil, matar a saudade da família, construir uma nova vida em uma cidade brasileira com uma qualidade de vida diferente da de São Paulo, mas não antes de conhecer Berlim, “Se não volto frustada pro Brasil, né”.